Sociedade
Saúde
Um em cada dez rapazes de 11 anos é obeso. A diminuição do consumo de frutas e legumes e o sedentarismo ajudam a explicar
O
excesso de peso e a obesidade estão a atingir níveis preocupantes nas
crianças, em Portugal. O país está no top 5 da obesidade infantil, logo a
seguir aos mediterrânicos Grécia, Itália, Espanha e Malta, segundo
avançou ao DN a nutricionista Ana Rito, que preside à CIOI 2017, uma das
maiores conferências internacionais de obesidade infantil, que se
realizará de 5 a 8 de julho, em Lisboa. Ali serão analisadas, numa
sessão especial, as principais causas do problema nos países do sul da
Europa.
Mas os maus indicadores
portugueses são também confirmados por um novo relatório da Organização
Mundial de Saúde (OMS) para a região europeia, que será divulgado hoje
na Congresso Europeu da Obesidade, no Porto. O documento revela dados
alarmantes, como este: em Portugal, um em cada dez rapazes de 11 anos é
obeso.
A
prevalência da obesidade nos rapazes de 11 anos é de 10% em quatro
países (Croácia, Grécia, Portugal e Macedónia) mas apenas dois (Grécia e
Itália) têm uma prevalência superior a 5% nas raparigas, de acordo com o
relatório da OMS.
O abandono da dieta
mediterrânica, associado à crise económica nos países do sul, ajudam a
explicar a tendência. "A obesidade está mais relacionada com a pobreza
nos rapazes. Quanto mais pobres, menos cuidado têm. Estes miúdos estão
em grande risco de ficar para sempre com comportamentos pouco saudáveis
se não forem considerados um grupo de especial foco. É preciso alertar
os pais, professores e crianças para isto", analisa a socióloga
Margarida Gaspar de Matos, a coordenadora do estudo em Portugal.
(...)
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