29 dez 2017
MadreMedia / Lusa
SAPO24
O secretário da Associação Numismática de Portugal (ANP), Rui Monteiro, disse hoje à Lusa, que o escudo não deve valorizar para os colecionadores, tendo em conta a quantidade disponível no mercado.
“Penso que muitas pessoas
guardaram as notas por uma questão afetiva […] e agora vão optar por
trocá-las. A nota, sob o ponto de vista numismático, não vai valorizar
muito porque há uma grande quantidade no mercado”, considerou.
Rui
Monteiro indica que é possível até que as notas de escudo desvalorizem,
após terminar o prazo estipulado pelo Banco de Portugal (BdP) para
efetuar a troca por euros.
“As notas [de escudo] mais
desgastadas, se calhar, até vão desvalorizar, a partir do momento em que
ela deixa de ser possível de trocar. Há mais espécimes que
colecionadores”, destacou.
O representante da associação
de numismáticos destaca ainda que não há motivos para que os portugueses
não estejam informados sobre a possibilidade de efetuar a troca das
notas de escudo.
“É até uma injustiça para a instituição
[Banco de Portugal] quando as pessoas afirmam que não foram informadas.
Como é do bom caráter português, deixamos tudo para a última e as
pessoas não estiveram, até agora, preocupadas em trocá-las”.
O
prazo para troca de cinco chapas de notas de mil, dois mil, cinco mil e
dez mil escudos termina hoje, continuando em posse do público 4,2
milhões destas notas, no valor de 46,6 milhões de euros.
Segundo
adiantou à agência Lusa fonte do Banco de Portugal (BdP), estas cinco
chapas de notas de escudo destas quatro denominações que no final de
novembro ainda se encontravam em posse do público prescrevem em 1 de
janeiro de 2018, "o que significa que deixam de poder ser trocadas por
euros", sendo 29 de dezembro (inclusive) a data limite para troca nas
tesourarias do banco central.
Em causa estão 2,7 milhões
de notas de mil escudos-chapa 12 com a efígie de Teófilo Braga, 500 mil
notas de dois mil escudos-chapa 1 com a efígie de Bartolomeu Dias, 700
mil notas de cinco mil escudos-chapas 2/2A com a efígie de Antero de
Quental e 200 mil notas de dez mil escudos-chapa 1 com a efígie de Egas
Moniz.
Todas estas notas foram retiradas de circulação em
31 de dezembro de 1997, sendo que as notas de mil escudos-chapa 12
entraram em circulação em 4 de agosto de 1988, as notas de dois mil
escudos-chapa 1 circularam a partir de 23 de outubro de 1991, as notas
de cinco mil escudos-chapa 2 e chapa 2A
entraram em circulação em 28 de setembro de 1987 e em 30 de março de
1989, respetivamente, e as notas de dez mil escudos-chapa 1 se estrearam
em 2 de outubro de 1989.
Sem comentários:
Enviar um comentário