(...) no intuito de alertar qualquer utente das Águas
de Coimbra-EM, do seguinte facto que se passou na minha residência:
Sou cliente há dezenas de anos daquela Empresa e
cumpridor dos meus deveres para com a mesma, como é timbre de um cidadão
honrado que nunca fugiu às suas responsabilidades
e deveres. Sucede que, em Junho passado, o azar bateu-me à porta mascarado de
uma arreliadora avaria numa válvula do meu equipamento (caldeira mural), avaria
essa que teve como consequência um gasto desajustado ao histórico do meu
consumo mensal, que se situou desde sempre entre um valor compreendido entre os
20 e os 30 euros, correspondente a uma média de 9/10 m3 de consumo.
Quando me apercebi da irregularidade, corrigi de
imediato a anomalia, com a chamada à minha residência de um técnico
credenciado, que reparou a avaria com a substituição da maldita válvula falida.
Em consequência de tal avaria, a fatura do dito mês de
Junho veio com um valor de 215,73 euros, uma vez que durante algum tempo
(talvez uma ou duas semanas), houve uma perda de água que foi diretamente
dirigida ao coletor geral.
Não a consumi; sumiu.
Em tempo oportuno dirigi-me por escrito ao Senhor
Presidente do Conselho de Administração da Empresa relatando o sucedido e
solicitando a retificação da fatura para um valor consentâneo com o meu
histórico de consumo mensal.
Posteriormente, em resposta ao meu pedido, recebi a
comunicação de que havia sido efetuada a correção do valor daquela fatura dos
215,73 euros mas para os 140,05 euros (mesmo assim exorbitantes) e não para o
valor normal dos meus consumos mensais, que é, como já referi, de cerca de 9/10
m3. Aliás, os Serviços podem concluir pela veracidade da minha informação, pois
possuem (ou devem possuir) todos os dados necessários para chegar a essa
conclusão.
As contas que me foram agora apresentadas pelos
Serviços para chegar a este resultado dos 140,05 pouco me interessam, uma vez
que sou leigo na matéria e não invalidam, de forma alguma, a injustiça de que
fui alvo.
É certo que a situação não é imputável aos Serviços,
mas também não me parece justo ser o cliente obrigado a pagar água que não
consumiu, devido a uma avaria a que foi alheio e que pode acontecer a qualquer
pacato cidadão deste País.
Resumindo e concluindo: eu, para além de ter arcado
com as despesas do conserto da minha caldeira mural (que rondou os 70,00
euros), fui ainda penalizado com uma Itcoima”de cerca de100,00 euros ... Ainda se
fosse de uns 30 ou 40 euros, correspondentes a um ou dois meses de consumo, vá
lá, não me era difícil aceitar
este “castigo” ...
Tantas vezes tenho verificado, tal como os demais
transeuntes que estejam atentos, a existência de ruturas em tubagens na via
pública e em bocas de incêndio, dias a fio, cuja água tem o mesmo destino: desperdício
pura e simplesmente.
Mas, nestes casos, os Serviços, ainda que avisados
telefonicamente, agem tarde e a
más horas.
Face ao exposto, fácil é de concluir que a situação de
que fui vítima não me parece, de modo algum, nem JUSTA nem MORAL.
Julgo que as Águas de Coimbra, pese embora o fato de
terem a faca e o queijo na mão (inconvenientes dos monopólios ... ), deveriam
ter um pouquinho mais de
atenção para com os seus clientes consumidores e bons
pagadores.
Já agora, aproveito para pedir o favor ao Senhor
Presidente do Conselho de Administração das Águas de Coimbra-EM, de colocarem
na minha residência um contador inteligente, idêntico aos utilizados pela EDP,
de forma a que eu passe a pagar somente a água que efetivamente consumo e não
aquela que se perde. Seria
mais apropriado. (...)
Francisco Ribeiro Nunes
Coimbra
Diário AS BEIRAS, de 27 de Setembro de 2018
Diário AS BEIRAS, de 27 de Setembro de 2018
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